
“Trabalhai, não pela comida que
perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos
dará...”
Uma das características que mais
admiramos em Jesus é o Seu compromisso com o Reino de Deus e os propósitos do
coração do Pai. E, neste discurso de Jesus, talvez um dos mais sérios e duros,
a ponto de muitos dos discípulos se escandalizarem Nele (v. 60; 66), Ele deixa
bem claro que o projeto do Reino de Deus ou a vontade do Pai é superior a qualquer
desejo ou necessidade humana. Deus sabe dessas necessidades e as supre, mas a
ênfase de nossa busca por Deus não pode estar nelas.
A multidão afluía de forma cada vez mais
crescente em direção a Jesus, cada dia que passava, Sua fama aumentava, e, com
isso, as pessoas ao seu redor. Mas Jesus, conhecedor do coração humano, percebe
que o interesse dessas pessoas não estava Nele, ou no Reino de Deus, objeto de
sua pregação, mas nos seus desejos e interesses pessoais. Todos tinham
problemas e necessidades pessoais e queriam que Jesus as resolvesse, sem, no
entanto, firmarem o desejo de fazer parte do Reino de Deus.
Aqui, Jesus chama a atenção de todos(as)
para que eles se esforçassem tanto quanto estavam se esforçando para alcançar a
comunhão com o Pai. “Trabalhai (esforçai-vos) não pela comida que perece...”
Jesus estava dizendo que as pessoas estavam concentrando seus esforços em
propósitos/objetivos errados – naquilo que é passageiro e não eterno. Ele diz a
todos que Ele estava ali, não para fornecer pão material, mas pão espiritual,
alimento que subsiste para a vida eterna, e que era este alimento que as
pessoas deveriam buscar intensamente.
Hoje, percebemos o mesmo erro nas
multidões que afluem em direção a Jesus, todos querem a bênção, sem, no
entanto, se concentrarem no Deus da Bênção. A grande diferença que percebemos,
da época de Jesus para os nossos dias, é que o discurso de Jesus, em relação a
este entendimento errado do projeto de Deus não é estabelecido, a ênfase em
“trabalhar não pela comida que perece” não é mais apresentada. E, alguns
fatores contribuem para isso:
a)
Insegurança
daqueles que pregam: Jesus sabia quem era e a quem servia, portanto, Ele não
tinha necessidade de baratear o Evangelho do Reino, reduzindo-o aos meros
interesses humanos;
b)
Interesses
carnais: Jesus não se deixava levar pela fama. Ele tinha plena consciência que
a Glória era do Pai que Ele (Jesus) era aquele que deveria fazer com que as
pessoas vissem, não a Si, mas ao Pai – “Aquele que me vê, vê ao Pai”. Hoje
percebemos como a fama ou os interesses carnais conseguem iludir e segar os
mensageiros de Deus. Eles são atraídos e engodados por suas próprias concupiscências
(desejos carnais);
Que Deus nos abençoe e nos ajude a nos
esforçarmos, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida
eterna.
Pr. Genildison da Silva Ribeiro
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